10.27.2006

Des contro le ando

Catarina esqueceu de me acordar novamente. Vestiu a sua insensatez , borrifou a mais nova margarina nos seus dois olhos cozidos e partiu em desatino para dentro da panela. Fiquei preso no banheiro com o zíper fechado. Esperando um comando da cabeça para livrar minha asa esquerda e puxar da descarga todas as paredes de esterco seco. No dia anterior, antenor o vizinho, notando o estranho rebuliço dentro do sapato ao lado comentou que achava necessário chamar as formigas e dar por encerrado o piquenique. Não era algo novo, afinal, as formigas, silenciosas, batem cabeça e caem num sono pesado, levando tudo embora daqui.

Um dia isso tudo foi advertido pelos pubianos que vivem a margem da fronteira entre o céu e a terra. E, eu espero correr o mais devagar possível para deitar a sola dos dedos no monte mais baixo, respirar a cola da remela, da tua imensa janela , esticar o pescoço do pequeno bule branco e servir de chá todo o leite do Rio.