9.18.2006

Recomeço

Quase depois da meia-noite eu me escondo. Mas não dá muito certo. Me pego exergando o meu braço vacilante. As vezes um grito sai da minha boca. Cruza o céu deixando um rastro de poeira. E, eu observo de longe. Preso a terra. As minhas pegadas não me denunciam. Não é por aí que me encontram. O rastro que eu deixo não completa uma página de história em quadrinhos. Mas há algo ali que escorre. Tem alguma coisa que liga todo o resto a mim. As vezes sou um conjugado de pequenos pontos que seguem ao infinito. Para saber o meu real tamanho voçê vai ter que sair ligando todos estes pontos. Como no jogo infantil. No meio de tudo eu vou estar lá. E não vai ter nada que voçê possa reconhecer. Porque eu guardei a melhor parte para alguém que esta chegando. Aos poucos. Sou só rabisco ainda. Por isso preciso tanto de voçê.

6 Comentários:

Às 30/9/06 01:36 , Anonymous Anônimo disse...

Recomeço

 
Às 4/10/06 22:10 , Anonymous Anônimo disse...

mais alguns pontos... reticências... tenho aprendido a pontuar. Exercício de quem sente que sempre foi muito reticente.
Obrigada pela visita.
Ciça

 
Às 16/10/06 01:08 , Anonymous Anônimo disse...

Ligar seus pontos é tarefa diária e interessante...

 
Às 16/10/06 09:41 , Anonymous Anônimo disse...

Gavetas fechadas? Por muito tempo?
Papéis amarelos pedem novos companheiros, com novas letras. Leitores também... aguardam novos textos instigantes. ponto.

 
Às 16/10/06 14:06 , Anonymous Anônimo disse...

BLÁ BLÁ BLÁ
2 ANOS!

 
Às 13/9/07 01:55 , Blogger Paula Wenke disse...

Arremedo 4
Os pontos não se ligam nunca. Sempre ha o espaço do vazio, por minúsculo que seja.
E onde ha o vazio, só habita a possibilidade do preenchimento.
Que a possibilidade seja a ideía de um encaixe confortável onde as paredes não se comprimam. Que coabitem como um feto no ventre materno, como um pequeno animal aninhado, como um concavo tocado na linha completa do convexo.

 

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