5.29.2005

Diários de exílio 1

Faz mais de uma semana o silêncio que escuto. Assim que a batida dos dedos no teclados cessou, percebi que tudo ao meu redor precisava de cuidado. Ao pé da cama o teto estava para desabar. O farelo branco do reboco que cedia do alto passava despercebido. Quando olhava no espelho o rosto pálido era ainda mais familiar do que antes.Incrível imaginar como pegava no sono desta maneira. Tudo por um fio, a qualquer momento. Sempre acreditei nisso. O momento da virada. Como numa boa mão de full houses. Tudo de uma vez. Eu só precisava de sorte e uma uma boa mão de cartas.Era isso!!Tudo a qualquer momento. Era assim que eu funcionava, alguma hora as coisas iam começar a funcionar, tudo ia ser diferente daqui pra frente como na música. De trás para a frente não é bem assim. Principalmente depois deste silêncio todo. Depois que adormeci naquele dia, logo após o útlimo e-mail trocado comecei a me sentir um tanto estranha. Não que não me sinta desta forma boa parte do tempo. Mas desta vez era o silêncio que ditava as regras. Nada daquela confusão de vozes, nomes, cargos funções, hierarquias e principalmente parentescos. Havia exatamente uma semana que os milhares de macaquinhos que me infernizavam pulando sem parar em minha cabeça me deixaram.

Voçê deve estar pensando que as coisas estão correndo bem e que vai se livrar da minha presença incômoda. Uma vez que eu consiga me distanciar progressivamente dos dias negros que teimavam em fechar na minha frente. Se prefrerir, pense desta maneira. O freguês tem toda a razão. Não foi sempre assim. Nem agora esta frase deixou de ser tão pertinente. Todo o movimento que voçê empregava em me atirar numa direção oposta não surtia efeito. Pura física meu caro. a cada força em um sentido empregada em um determinado objeto corresponde uma mesma força de sentido oposto .................................... Voçê sabe o resto. O determinado objeto era eu , estou certa. Mas tinha algo fora do lugar. Alguma engrenagem que deixava de funcionar e emprerrava a máquina toda. É bem verdade que sempre voltei aos teus braços. Como um boomerang. A cada lançamento seu. Voçê podia até dar as costas, se trancar no quarto , que lá ia estar eu de volta, sempre tua. Mas este não foi o meu erro. Porque se existe alguma coisa verdadeira nesta história toda é esse negócio de eu ser tua. Era mesmo. Pomba! Tinha te dado meu tempo, meus braços, minhas preocupaçoes. As tuas garras estavam tatuadas nas minhas costas como um mapa que não levava a lugar algum.Não levava a nehum tesouro. Demorou , mas eu finalmente descobri que encontrar alguma saída era o verdadeiro tesouro. Me livrar de voçê custou caro. E não sei até quando as parcelas desta prestação vão aparecer. Só sei que pagarei até o útlimo centavo para não levar aquilo que escolhi. Sei que no dia que deixar de pagar por isso vou ficar presa novamente a algo que nunca vou ter. Ainda penso em te dar o troco. Não vou mandar te quebrarem na porrada. Isso não resolveria. Quero te ver com a cabeça erguida. olhos de águia. Quero te ver no prumo. Quero que voçê esteja no auge. Não por voçê seu merda! Gotaria de provar a mim que não preciso mais.

2 Comentários:

Às 30/5/05 00:57 , Anonymous Anônimo disse...

Vc é mil em um...Estranho ler esse texto e afirmar que é seu. É novo, diferente...Mas não se preocupe...agora não é mais estranho, o texto é seu (e meu) SIM!
MUITOOO MUITOOO MUITOOOO bonito, e CLARO! E cheio de esperança, sem perder o desespero.E CHEIO DE PAIXÃO(momentos de tesão).E é CLARO(tinha q escrever mais uma ver)
Vc é incrivelmente LINDA!
Sou sua fã!
Que bom conhecer outro texto seu! Continuaaaa...continuaaaa!
SAUDADE D+!
AMOR D+!
Beijos!!!!!!

 
Às 3/10/05 02:31 , Anonymous Anônimo disse...

amoooooooooooooooooooooooo.......

 

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